quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O sentido da vida



Porque estamos aqui? Em algum momento já nos deparamos com esta pergunta, ou já pensamos à respeito, com maiores ou menores pretensões. De diversas maneiras já se tentou responder a este questionamento: pela religião, pela filosofia, pela história, pela ciência e por outras tantas. Podemos muito bem viver sem nos fazer esta indagação e sem respondê-la. Mas, àquele que se propõe pensar à respeito, a vida se expande de tal maneira que se descortina aos seus olhos um leque de possibilidades. Porque a resposta àquela pergunta torna-se o fio condutor da vida, o seu horizonte, o seu alvo, o ideal a ser perseguido incansavelmente mesmo que, às vezes, não alcançado. Qual o sentido da vida? Esta é uma questão que deve ser respondida individualmente.

A vida é efêmera e transitória. Mesmo que, aos nossos olhos, oitenta anos pareçam uma eternidade, não passam de um um grão de areia no tempo que ocorreu, que ocorre, que ocorrerá. E não temos capacidade alguma de intervir neste fluxo, por mais que queiramos acreditar que sim. Somos finitos e estamos à mercê de Cronus. Então, o que fazer com o tempo que temos aqui? Muito temos valorizado o fim em detrimento do caminho a ser percorrido. Todo e qualquer sentido é retrospectivo. Quando estivermos prestes a pagar as moedas ao barqueiro é que poderemos responder as indagações sobre a vida. A relevância dos nossos atos responderá pelo sentido desta. E responderá a quem? A nós mesmos e a ninguém mais. Se olharmos para trás, no derradeiro momento, e formos capazes de reconhecer relevância no decurso de nossa vida, se nos convencermos da nossa resposta, então todo o esforço será recompensado e a vida fará sentido. É nisso que eu acredito.

E é por isso que devemos valorizar a jornada. Se o sentido da vida é reconhecido olhando-se para trás, o caminho torna-se a via condutora para tal epifania. A estrada nada mais é do que a própria vida. São os nossos ideais que nos guiam pelo labirinto desta. Sem eles não passaremos de navios à deriva, de fatos desconexos sem relevância alguma. Acreditar e viver! Eis a chave para o enigma! Por mais irrelevante que possa parecer aos olhos alheios, acredite nos seus ideais. Defenda-os com todas as tuas forças, mesmo quando não houverem mais esperanças de realização. Mesmo quando te achincalharem, não esmoreça. Se o preço a ser pago para que possamos nos orgulhar de nós mesmos é o de sermos taxados como os maiores idiotas do mundo, que assim seja. E bem-vindo ao clube!

"Se não acreditar que pode salvar o mundo, não poderá salvar nem a si mesmo.
Se não acreditar que pode mudar este mundo, crie o seu."


Obs 1: esta reflexão me ajudou a economizar alguns trocados que seriam gastos ou com o psicólogo ou em cerveja.
Obs 2: agradeço aos guris da Tópaz (www.fotolog.com/bandatopaz) pelo hino (ao menos para mim) "O maior idiota do mundo".
Obs 3: e também a Dona Clarisse (espero que seja com dois esses, mesmo), mãe da minha cunhada Karine, simplesmente por ter dito: "Ele é um cara que quer mudar o mundo". Eu havia esquecido disto.
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