quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As eleições estão chegando...

O que pensam os candidados ao Senado

Entre os meses de julho e agosto, a editoria de política do Jornal do Comércio conduziu entrevistas com 10 dos 11 candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições de outubro. Abaixo você pode reler, na íntegra, estas entrevistas, conhecendo melhor as ideias e o perfil dos candidatos.

Acredito que é preciso fazer
uma discussão na sociedade sobre o papel do Senado. Se for para continuar como está, ele não precisa continuar existindo.

Luiz Carlos Lucas (P-Sol)


Tenho mais de mil projetos apresentados. Entendi que a melhor forma de
ajudar o nosso povo é ficar
por mais um mandato.

Paulo Paim (PT)


Falar em sustentabilidade
implica falar em princípios. Os verdes não são contra o desenvolvimento
econômico e social.
Marcos Monteiro (PV)


Temos que romper com
esse pagamento (dívida do Estado com a União). Falta dinheiro para saúde, educação, segurança, os problemas da população.
Vera Guasso (PSTU)


Não esperem de mim uma legisladora ortodoxa. Temos muita lei. Vou ver tudo
que está no Senado tramitando
e o que pode ser feito.
Ana Amélia Lemos (PP)


Defendo a autonomia do
estado desde 1989, quando estava no PL. E autonomia não só nas questões políticas, mas nas questões financeiras.
Jose Schneider (PMN)


Defendo, em primeiro lugar,
a educação. Assim como a política se degenerou, a educação decaiu bastante. É necessário um programa de emergência.
Berna Menezes (P-Sol)


Minha prioridade é
defender os interesses do Estado,
garantir que o Rio Grande do Sul tenha uma representação mais forte em Brasília.
Germano Rigotto (PMDB)


Tenho dez propostas principais, mas a mais importante é a reforma tributária, incluindo a redução da carga de tributos, e não apenas em algumas áreas.
Roberto Gross (PTC)


Precisamos de infraestrutura urgentemente. O Senado
tem o papel fundamental de contribuir para trazer recursos e aprovar projetos.
Abgail Pereira (PCdoB)


O candidato Luis Carlos Drehmer, do PCB, não quis conceder entrevista ao JC.


Para acessar as entrevistas na íntegra, utilize o link abaixo:

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=36931 - sítio acessado em 18/08/2010 às 10:14h.
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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cortez quer debater conceito de desenvolvimento

Para cientista social, crise ambiental é resultado do sistema fordista.

"As pessoas não podem ser responsabilizadas pelo que elas não conhecem." Com essa frase, o cientista social Henrique Cortez introduziu a palestra Crise Ambiental ou Civilizacional. Na visão dele, é preciso aprofundar o debate sobre o modelo de desenvolvimento que queremos para preservar a vida na terra. "Nunca tivemos tantos meios de informação na História da Humanidade. Ao mesmo tempo, nunca tivemos tanta desinformação", afirma.

A palestra de Cortez marcou a abertura da 1ª Semana Interinstitucional do Meio Ambiente, evento promovido em conjunto por órgãos do Poder Judiciário e pelo Ministério Público gaúcho para discutir a situação do planeta e as formas de atingirmos a tão sonhada sustentabilidade. O palestrante coordena o portal Ecodebate (www.ecodebate.com.br), um dos mais visitados da área na internet. Além disso, atua como subeditor da revista Cidadania e Meio Ambiente, publicação bimestral com tiragem de 30 mil exemplares.

"Vivemos uma época de crises. Crise ambiental, financeira, de alimentos. O que pouca gente percebe é que elas estão associadas e fazem parte desse processo capitalista fordista, que começou com o sistema de produção introduzido por Ford (Henry, criador da fábrica de automóveis que leva seu sobrenome e criador do sistema de 'montagem em série')", explica.

Cortez destaca que a base desse modelo é a produção plena para o consumo pleno. "A ideia seria fantástica se vivêssemos em um planeta de recursos ilimitados. Só que a conta não fecha."

Além disso, ele argumenta que, para manter a roda girando, quando o consumo não cresce o esperado, é preciso que haja o desperdício. "Tudo o que é produzido atualmente é feito para ficar obsoleto o mais rápido possível. Por isso geramos tanto lixo", constata.

O maior exemplo de desperdício no mundo, segundo ele, são os Estados Unidos. "A lógica dos EUA é que move o modelo. No entanto, são 258 milhões de pessoas que consomem como se fossem 500 milhões". "Seriam necessários 4,5 planetas para dar conta desse tipo de consumo norte-americano", acrescenta.

Entre os pontos de "desinformação" que circulam na sociedade, Cortez cita um que classifica como mito: "Falam que tem gente demais na Terra e que, por isso, temos que produzir mais para alimentar a todos. A produção atual seria capaz de garantir a alimentação de nove bilhões de pessoas, que é a população estimada para 2050. Entretanto, hoje temos um bilhão passando fome. E porque isso acontece?", questiona, para depois ele mesmo responder. "Porque o modelo cria uma espécie de apartheid social, onde uma parcela da humanidade tem que ser excluída para garantir o consumo e o desperdício proporcionado pela maioria."

Mas então como mudar esta realidade, quer saber a reportagem do Jornal do Comércio? Cortez exalta as ações pontuais que vêm sendo promovidas por grupos de pessoas e entidades. E aponta um caminho simples. "É um novo modelo do 3 Rs: respeito a si próprio, respeito pelo outro e responsabilidade pelo que se faz. Isso poderá levar a humanidade a um sistema sustentável", conclui [...]

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=30497 - sítio acessado em 05/08/2010 às 18:38h.
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